Leetra Indígena https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena <p>A Revista LEETRA Indígena - ISSN eletrônico <strong>2764-412X - </strong>é uma produção semestral vinculada ao Laboratório de Pesquisa "Linguagens em Tradução"/LEETRA(CNPq) e ao Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de São Carlos (PPGL/UFSCar). Há cerca de dez anos, vem buscando, de forma colaborativa e no âmbito de redes de pesquisa nacionais e internacionais, preencher um espaço de valorização de línguas, culturas, artes, conhecimentos e saberes de indígenas brasileiros como, também, de outros países. </p> <p>A Revista LEETRA Indígena está sediada no Departamento de Letras da Universidade Federal de São Carlos, à Rodovia Washington Luís km 230, Bairro Monjolino, São Carlos/SP. Conta com a professora doutora Maria Sílvia Cintra Martins (DL/UFSCar) como editora chefe.</p> LEETRA pt-BR Leetra Indígena 2316-445X O canto indígena parixara como ferramenta pedagógica para a revitalização de língua materna https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/76 <p>A música indígena tem suscitado diferentes tipos de investigação. Os saberes contidos nos versos dos cantos acessam conhecimentos que atravessaram séculos de existência, repassados pelos avós e pais para as gerações mais jovens. Com os ataques ocorridos contra os povos tradicionais, os cantares foram um dos mais atingidos, chegando em certas localidades a quase ou total extinção. O povo Wapichana que vivia mais próximo da cidade foi um dos mais afetados. Contudo, os Wapichanas têm buscado vivenciar as suas origens e o uso do repertório indígena tem sido recorrente nas aulas de língua materna. Nos propomos a compreender como a prática do canto <em>parixara</em>, na sala de aula pode contribuir para a revitalização da língua indígena. A pesquisa de campo ocorreu na Comunidade Canauanim em Roraima-Brasil. O estudo foi realizado com um professor de língua wapichana<em>,</em> que ministra aula para crianças estudantes na Escola Indígena Tuxaua Luiz Cadete. Como resultado desta investigação compreendeu-se a importância de métodos que consideram a musicalidade de cantos indígenas em sequências didáticas em uma socialização em amplitude para a comunidade e colaborando para uma reflexão constante sobre a Educação Escolar Indígena.</p> Jucicleide Pereira Mendonça dos Santos Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-26 2024-01-26 22 1 6 23 PAMɄRI MAHSA ɄHPɄ DO’TOA NɄKAKA’RO https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/81 <p>Este artigo traz uma parte do processo de materialização do corpo na perspectiva cosmológica que é base de pensamento e modo de viver do povo Desana, também compartilhada por outras etnias na Terra Indígena Alto Rio Negro, Amazonas. Anteriormente, meu avô e meu pai publicaram conhecimentos sobre essa cosmologia (FERNANDES &amp; FERNANDES, 1996 e 2006). Fazendo parte dessa continuidade, os conhecimentos são a mim repasados. Trarei relatos que escutei de meu pai. Como método, transpassei em desenhos algumas passagens. Trarei aqui as ilustrações, transcrições de falas de transformação e proteção que, para o momento, não foram traduzidas. Relatarei os primeiros momentos da materialização do corpo.</p> Judimar Sarmento Fernandes Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 24 36 Poturos https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/82 <p>"No ar, notícias que nunca foram contadas". Uma crônica de reportagem televisiva entre o povo Zo'é e seus vizinhos.</p> Beto Ruschel Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 36 46 Os movimentos neoliberais no discurso da demarcação de terras em Palmeira dos Índios https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/83 <p>O presente artigo busca analisar o acontecimento discursivo do dia 20 de agosto de 2013, no qual uma movimentação de posseiros e grileiro de terras indígenas se reúnem contra a FUNAI e o processo de demarcação de terras do povo Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios, cidade localizada no Agreste do Estado de Alagoas. Tomando apontamento teórico da análise do discurso de linha francesa filiada à Pêcheux, pretendemos lançar luz sobre as condições de produção do discurso, assim como analisar material (panfleto) distribuído pelo grupo que se intitula “Palmeira de Todos”, assim como a matéria do site de notícias G1 Alagoas, as materialidades discursivas que evidenciam os movimentos neoliberais interpelando ideologicamente a terra e os sujeitos que nela habitam.</p> José Washington Vieira Silva Jorge Rodrigo Gomes dos Santos Roberto Rivelino de Amorim Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 47 63 Relatos de experiências com etnoesporte e atividades físicas em terrítorios indígenas e urbanos https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/84 <p>Este artigo examina a conexão entre etnoesporte, atividades físicas e culturas indígenas em contextos urbanos no Brasil, enfatizando a importância dessas práticas para a identidade cultural e resistência indígena. Inspirado na experiência do autor nos Jogos dos Povos Indígenas em 2002, o texto destaca o etnoesporte como ferramenta para preservar e exaltar tradições culturais e étnicas. O dever do Estado em apoiar o esporte como manifestação cultural, conforme estabelecido pela Constituição Federal de 1988, é sublinhado. Eventos como a corrida de toras na Semana de Meio Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) exemplificam como o etnoesporte indígena reforça a identidade cultural e promove inclusão social. O artigo ressalta a importância do etnoesporte na manutenção de tradições e saberes indígenas, destacando seu papel na educação física e desenvolvimento sustentável. Conclui-se que o etnoesporte, além de uma prática física, é um patrimônio cultural valioso, essencial para o diálogo sobre esporte, cultura e identidade indígena.</p> Everson Carlos da Silva Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 64 85 O poema cobra norato de Raull Bopp para a língua nheengatu https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/85 <p>Pensar a tradução de uma obra como Cobra Norato, de Raul Bopp ([1931] 2013) para a língua nheengatu que é conhecida também como língua geral amazônica, é um desafio que para nós permeou reflexões sobre uma sistema literário nheengatu que abrange entre o fim do século XIX e início do século XX no qual bebeu parte movimento do modernista brasileiro, e que não estaria tão nítido ou em vias de formação com um encontro com a literatura em língua nheengatu entre o final do século XX e começo do século XXI. A problematização de nossa atividade de tradução passa por essa questão com os pés em considerar a língua nheengatu e sua comunidade de falantes atuais e em busca de proximidade a fala, consideramos a poesia. Nesse esforço, realizamos oficinas de tradução em uma investida para trabalharmos juntos linguistas, literatos, poetas nativos, velhos, para traduzir poesia.</p> Cláudio Antônio Laureatti-Silva Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 86 100 Orexatá okoipam te https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/86 <p>Este é um poema em língua parakanã, musicalizado por Sérgio Vieira, de autoria de Kwatinema Parakanã.</p> Kwatinema Parakanã Sérgio Vieira Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 101 102 A Fitoponímia no estado de São Paulo https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/79 <p>Apresentaremos dados e análise linguística de fitotoponímia do Estado de São Paulo. A fundamentação teórica se apoia na interdisciplinaridade própria da toponímia (estudo de nomes de lugares) tendo aqui a ecologia como base. A metodologia parte de seleção de dados do banco do IBGE. Para a análise desses dados, usamos categorias de modo a nos proporcionar uma análise linguística. Depois, a partir de uma análise ecológica, desprendemos apontamento sobre a possibilidade de usar os fitotopônimos para orientar planos de reflorestamento e restauração ambiental.</p> Lucas Blaud Ciola Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 103 116 O Barquinho (Ygara-mirim) https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/78 <p>O Barquinho é uma canção bossa nova composta por Roberto Menescal e Ronaldo Boscoli. Traduzimos para a língua nheengatu, tendo em vista a comunidade de pescadores da Boa Vista, Alto Rio Negro, Amazonas.</p> Cláudio Antônio Laureatti-Silva Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 117 117 Mapeamento dos povos indígenas do interior paulista: https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/77 <p>Esta é uma atividade extensionista, interdisciplinar e indissociada da pesquisa que tem por objetivo identificar a localização de povos indígenas que viveram ou vivem no Brasil e em regiões adjacentes. Teremos como apoio o movimento dos rios. Como início, a atividade relatada se concentra no Rio Corumbataí, numa pequena região do interior do estado de São Paulo, visando desenvolver e testar estratégias metodológicas para realizar levantamentos de informações e produzir material didático. Partimos de relatos de pessoas memórias-vivas com informações sobre um modo indígena na região. Relacionamos com a ideia de mapeamento imagético-afetivo. Isso é uma base para uma teoria-prática.</p> Aline Hipananiro Apolinário José Felipe Adriano Alves de Oliveira João Paulo Ribeiro José Lotúmolo Junior Luciana Maria dos Santos Luzia Sigoli Fernandes Costa Marta Marubo Comapa Sandra Schmitt Soster Zulmiro Vitor Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 118 133 Os impactos da evangelização entre os koripako nas comunidades do alto rio Içana https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/75 <p>Esta monografia trabalhou alguns dos impactos da evangelização entre o povo Koripako do Alto Rio Içana. Tendo em vista que os encontros culturais ocorrem sempre, e que trazem mudanças grandes e pequenas, e que isso tem um interesse constante no mundo acadêmico, o texto aqui busca entender e procurar respostas em como lidar com essa atual realidade dos povos indígenas do Rio Negro.</p> <p>Hathame koka nakoka nokaitepeLhiahi apada ideenhikhetti ikaitekada apadapeenaa iakotti koamheka pakapakaa lhiahi hiepakaatti napekoliko nhaahi Koripako-nai iowhaakapewa Iniali hiwidami. Neeni pakapaka koamheka lhiahi naowhaakawa akhereka litekolhetaakawa hoore nheette akhereka pakapa litekolhetaakakawa tsootsa, metsa ikatsa naomakaaka nheette nakapakaa matsiaka liakawa, kaiyhopa lirikoda lhiahi iakotti likadaawatsa waanhee koamheka phema linakoapanaa nheette khomheka naowhaaka linako naapiyawaaka panaya heekoapi nhaahi iowhali linako. Kayowatsa wattaita waanheeka oo weepataphaka liawa lhiahi iakotti linako lhiahi wakaiteperi inako. Ikatsa noomalika nokadaaka waanhee matsia inako lhiahi hiepakaatti koamheka naowhaka linako panaya phiome heekoapi- riko.<br /><br /></p> Mário Gonçalves Luciano Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 134 148 As causas das dificuldades do artesanato guarani mbya: https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/80 <p>Este trabalho apresenta o jeito de viver dos Guarani Mbya e o seu artesanato, a cestaria. Por que não estão sendo dados, para os filhos, estes ensinamentos? O objetivo é apresentar a importância que tem para os Guarani Mbya a cestaria, uma identificação como Mbya. A Metodologia é qualitativa, com pesquisa bibliográfica e entrevistas com artesãos, em um estudo de caso. Este trabalho contribuirá para ser efetuado material didático na escola indígena da aldeia Guarani. A conclusão é que a cestaria deixou de ser importante porque os Mbya não mais conhecem o que faz parte da sua identidade cultural, uma parte da cultura milenar que está se perdendo. Há necessidade de oficinas de artesanato guarani na escola, como meio relevante de resistência.</p> Maria Eloá Gehlen Jani Jaxuka Veríssimo Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 149 167 Poema "Aprender e ter memória" https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/73 <p>Poema para refletirmos sobre a importância da memória para a identidade.</p> Sônia Maria Pinheiro Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 168 169 Apresentação https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/74 Antônio Fernandes Goés Neto João Paulo Ribeiro Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 4 5 Expediente https://www.leetraindigena.ufscar.br/index.php/leetraindigena/article/view/87 Copyright (c) 2024 Leetra Indígena 2024-01-25 2024-01-25 22 1 1 3