A Internacionalização Das Produções Indígenas: Tradução Como Uma Tentativa De Reparar O Silenciamento

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Palavras-chave:

Hegemonia do Inglês, Colonialidade do Saber, Espistemologias Indígenas, Tradução, Internacionalização

Resumo

Este artigo examina as intersecções entre produção científica, internacionalização e hegemonia anglófona, considerando as tensões epistemológicas derivadas da colonialidade do saber. Fundamentado no conceito de mundialização (Mongin, 2005), que ultrapassa a globalização econômica ao contemplar transições culturais e identitárias, analisa-se o paradoxo do inglês como língua científica global: enquanto facilita a circulação transnacional do conhecimento, perpetua assimetrias históricas, privilegiando perspectivas do Norte Global (Phillipson, 2008). No contexto brasileiro, a internacionalização universitária tensiona-se entre a adoção do inglês e a invisibilização de saberes locais, especialmente indígenas, que possuem sistemas próprios de registro e transmissão epistêmica (Rezende, 2019). Argumenta-se que práticas tradutórias críticas podem funcionar como mecanismos de emancipação epistêmica, ampliando a circulação de epistemologias indígenas. Conclui-se que a democratização científica requer não apenas inclusão de vozes subalternizadas, mas transformação dos critérios hegemônicos de validação científica.

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Publicado

2025-04-29